Museu de Cera

Hiperrealismo, Realidade Aumentada ou Naturalismo, parecem ser mesmo tendências contemporâneas no universo artístico. Depois de todo movimento moderno de ruptura com o figurativo, a partir do cubismo, abstracionismo, expressionismo e demais "ismos" a arte contemporânea parece, no meu pontinho de vista, ter retomado as formas e, no caso, exagerado a realidade, sem surrealismos, e com ajuda das tecnologias digitais e também dos materiais. Sem perder, com muito louvor, o teor conceitual e, em muitos casos, de protesto e conscientização, tão presentes na arte moderna.

Nunca estudei muito os movimentos pós-modernos, por isso pode existir um hiato entre este "abstrato e figurativo", que eu estou falando. Mas não vem ao caso, na verdade. É que o post de hoje é justamente sobre esculturas hiperrealistas, e a gente já comentou bastante aqui sobre artistas e designers contemporâneos que se aventuram nessas águas, mais precisamente em pinturas.

A bola da vez é o artista e escultor australiano Ron Mueck. Entre inúmeros outros escultores hiperrealistas como David Hanson, que faz robôs humanóides, ou Jorge Melício, que trabalha com esculturas naturalistas em cobre, Mueck se destaca pela forma como retrata cenas cotidianas, a grande maioria em nus, com esculturas naturalistas aumentadas ou reduzidas, causando estranhamento não só pelo fato de serem temas intimistas, mas também pela escala.

Mãe e Criança, 2001

Mulher Grávida, 1997

Na Cama, 2000

Outros artistas com trabalho similiar, não tanto em relação à escala exagerada, mas à realidade aumentada, são Sam Jinks, John de Andrea, Jackie K. Seo e Jamie Salmon. Todos eles são escultores hiperrealistas, e muitos discutem as influências deles no trabalho atual de Mueck, que vêm fazendo mais "sucesso" de crítica que aqueles citados acima, produzindo num ritmo constante e realizando mostras nos melhores museus de arte moderna e contemporânea. Mas vale a pena comparar, né? Abaixo, algumas imagens das obras dos demais artistas.

Sam Jinks, Calcium Divide (Autoretrato)

John de Andrea e sua obra, 1960

Jamie Salmon, Girl Fragment, 2008

Jackie K. Seo, Secret Shame, 2008

Ah, uma observação... não achei nenhum site do John de Andrea, então linkei direto pra wikipedia... desculpem!

Tipografia Anamórfica

É uma tradução livre e literal de Anamorphic Typography, um trabalho do designer Joseph Egan, de apenas 21 anos e ainda no primeiro ano da Chealsea College of Art and Design.

Como sempre, uma idéia muito boa pelo fato de ser simples e direta. Muitíssimo trabalhosa e cuidadosamente fundamentada, o designer explica que o projeto tenta aproximar os universos da arquitetura e do design utilizando os diversos planos materiais para printar imagens fragmentadas, criando assim uma "estampa" que é dependente de um único ponto de vista para ser vista como um todo.

A inspiração no jovem designer veio do trabalho geométrico e urbano da artista suíça Felice Varini, que  utiliza o espaço da cidade, entre prédios e monumentos, para criar efeitos de figuras plenas e fragmentadas caracterizadas pelos diversos pontos de vista.

Mind blowing, não?!?

Pontilhismo Level 1000

O web designer Miguel Endara é, entre muitas outras coisas, também um artista plástico bastante inovador. Ele utilizou, na obra abaixo, uma técnica muito antiga chamada pontilhismo, pra criar uma imagem bem realista, quase como aquelas do post sobre fotorealismo, lembra? 


Ele afirma ter feito cerca de 3 milhões de pontos para compor esta imagem! No site dele tem mais informações sobre o trabalho, entre outros, inclusive um vídeo muito legal, que eu não achei mais no youtube, mostrando as 210 horas despendidas nesse projeto, compiladas em minutos, claro! Vale a pena conferir, é muito mais supreendente do que só olhar a imagem abaixo e imaginar que é composta de pontinhos...

Parabénsss

Hoje o post vai ser uma singela homenagem - com a ajuda de Drummond e Marilyn - ao aniversário de uma pessoa muito especial na minha vida! Aí vai o meu Feliz Aniversáriooooo... luv yah! Vou deixar no suspense, porque sei que se eu der nome aos bois, depois vai sobrar pra mim! ahhahaha ;**

Desejo a você...

Fruto do mato

Cheiro de jardim

Namoro no portão

Domingo sem chuva

Segunda sem mau humor

Sábado com seu amor

Filme do Carlitos

Chope com amigos

Crônica de Rubem Braga

Viver sem inimigos

Filme antigo na TV

Ter uma pessoa especial

E que ela goste de você

Música de Tom com letra de Chico

Frango caipira em pensão do interior

Ouvir uma palavra amável

Ter uma surpresa agradável

Ver a Banda passar

Noite de lua cheia

Rever uma velha amizade

Ter fé em Deus

Não ter que ouvir a palavra não

Nem nunca, nem jamais e adeus.

Rir como criança

Ouvir canto de passarinho.

Sarar de resfriado

Escrever um poema de Amor

Que nunca será rasgado

Formar um par ideal

Tomar banho de cachoeira

Pegar um bronzeado legal

Aprender um nova canção

Esperar alguém na estação

Queijo com goiabada

Pôr-do-Sol na roça

Uma festa

Um violão

Uma seresta

Recordar um amor antigo

Ter um ombro sempre amigo

Bater palmas de alegria

Uma tarde amena

Calçar um velho chinelo

Sentar numa velha poltrona

Tocar violão para alguém

Ouvir a chuva no telhado

Vinho branco

Bolero de Ravel

E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade

Todas as Cores do Arco-Íris

Imagine só se a ferramenta "eyedroper" do Photoshop existisse na vida real! A gente poderia selecionar a cor de qualquer objeto e utilizá-la em nossos desenhos e projetos. A idéia já existia em conceito, e agora o designer coreano Jinsu Park materializou com a caneta que ele chama de Color Picker.

Além da idéia ser excelente, e aparentemente funcionar muito bem na realidade, a caneta tem um design todo moderninho, meio futurista, mas bastante anatômica para um aparelho que contém um scaner interno e um cartucho RGB que mistura as cores que o scaner detecta, e transforma na "tinta" da caneta.

Achei demais! Quero uma... uma só, e aí posso pintar com todas as cores do arco-íris!

bla bla bla

Just if...

Bem no fundo

No fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto

a partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,

maldito seja que olhas pra trás,

lá pra trás não há nada,

e nada mais

mas problemas não se resolvem,

problemas têm família grande,

e aos domingos saem todos a passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminski

O mundo como conhecemos...

Tudo depende do ponto de vista! O artiista japonês Kentaro Nagai tem um bem criativo. Ele criou figuras dos doze animais do zodíaco japonês, que representam a mudança de ano em ano, a partir da reorganização figurativa dos continentes. Tudo isso com a premissa de desenvolver cartões de felicitações de ano novo... que acabou com um conceito bastante politizado e consciente.

No site do projeto, o artista explica como ele, no Japão, tão protegido e seguro da guerra no Iraque, passaria a mensagem de prosperidade e esperança, votos mais desejados nos finais de ano. Ele imaginou, como John Lennon, que só quando nos unirmos por um objetivo único, como uma só nação sem fronteiras, é que perceberíamos a estupidez de uma guerra, atualmente tão economicamente dirigida. Assim ele justifica a brincadeira com as imagens dos continentes, formando o que você quiser desejar de bom, o que você conseguir visualizar, mas perdendo totalmente a identidade individual, e se transformando num todo.

Simples, direto, original e inteligente.

E o que você vê?

Buckminster Fuller

Inspirado no desenho facetado e diferenciado do lendário Buckminster Fuller, que ajudou a modificar a filosofia do design em tudo, desde como trabalhamos até como nos locomovemos, esta nova capa flexível criada para a revista Novum deixaria o visionário arquiteto/designer orgulhoso! A edição da revista de design alemã tem uma tiragem de 15mil exemplares, e dá a sensação de estar segurando um domo geodésico.

Assim como muitos dos desenhos e projetos de Fuller, os deseigners da Paperlux, escritório de design encarregado da criação e produção da capa, ouviu de muitos que a idéia era inviável. Mas como dá pra atestar no vídeo abaixo, a persistência de todos os envolvidos valeu a pena, e o projeto ficou maravilhoso. 

Idéia inovadora, execução maravilhosa e um grupo de pessoas que preza a qualidade! Seria bom se todo cliente fosse assim, como a Novum!

Trabalho da Paperlux. Design Alemão.

A verdade...depende dos olhos de quem vê, e da cabeça de quem crê! Néam?!

Por que Mídias Sociais são uma Merda

WHY SOCIAL MEDIA IS SHIT

Uma apresentação sucinta e objetiva sobre os malefícios das mídias sociais (click no link "why social media is shit" acima). No meu ponto de vista, tudo utilizado com exagero, não faz bem! Acho que o facebook e afins tem seus méritos, mas isso todos nós sabemos. Por isso achei essa apresentação muito construtiva.
Além disso, depois de toda essa porcaria de marketing nas mídias sociais, o facebook ficou irritante, pedindo pra atualizar os dados toda hora,  confirma se tal amigo é conhecido da faculdade ou do escritório, invesigando cada vez mais o que a gente faz, uso, gosta, comenta... Queria até achar um vídeo ou artigo sobre isso, sobre como o marketing acha que manipula a informação que a gente envia de forma correta... porque sinceramente, os anúncios que aparecem no meu "feicibúqui" não tem muito a ver comigo...

A apresetanção é em inglês, mas é escrita, e bem fácil de entender!


;*

Debate: 4ª ponte de ligação entre a ilha e o continente em Florianópolis

Aos interessados nessa discussão tão polêmica que têm ocorrido nas últimas semanas em Florianópolis, seja contra ou a favor da medida proposta pelo governo, acho que vale a pena acompanhar. 

Se trata de um debate no site do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, aberto por um texto do Prof. Sergio Torres de Moraes (arquiteto e urbanista, professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis, doutor pela Universidade de São Paulo/Universidade da Califórnia em Berkeley, pesquisador na área de Planejamento Urbano e Regional e Mobilidade Sustentável).


Opíniões, críticas, sugestões, e até a inclusão de textos relacionados ao tema serão úteis para a discussão. Participe! É só clicar AQUI.

"Fazer arquitetura é fácil. Fazer uma flor é que é difícil." (Indio da Costa)